Da série: "Vejo humanos, mas não vejo humanidade"

Não é incrível como nós temos a incrível mania de encontrar modos que possam nos machucar ou machucar outras pessoas? Sério, pensem bem na quantidade de coisas que você faz e fala no seu contidiano e verá que de dez, sete coisas você faz ou fala de forma inconsciente que machuque a si mesmo ou ao outro. E isso não é só fonte das vozes em minha cabeça (tem várias no momento, inclusive aquela que tá implorando pra que eu vá assistir algum dorama coreano e esqueça totalmente do que eu deveria estar escrevendo hoje); mas sim de tudo o que eu vejo no meu cotidiano, me avaliando e avaliando as pessoas ao meu redor.
Um exempo simples, porém muito recorrente: nós sempre fazemos comentários sem pensar antes. Sempre!!!!!! E quando damos conta, pronto! Ja estragou uma amizade, um namoro, um casamento ou pior, estragou as relações no trabalho.

Infelizmente, temos o infeliz hábito de achar que todos pensam da mesma forma que pensamos ou que agimos da mesma forma e quando encontramos alguém que pense ou age de forma diferente, enxergamos aquela pessoa como um ser a parte do nosso convívio, como se não merecesse nossa atenção ou merecesse escutar tudo que sai de nossos lábios. Esquecemos que aquele indivíduo tem suas dores e batalhas, tem seu próprio universo dentro de sua cabeça e tem tantos direitos quanto nós.
A melhor forma de evitar que coisas assim ocorram, é escutar mais e falar menos. É filtrar as coisas das quais falamos, é entender que o outro tem lá suas verdades assim como nós.

Eu já passei por tanta situação que poderia ser evitada... Já ouvi coisas e já disse coisas das quais me arrependi no segundo seguinte que falei. Já cometi muitos erros e, acreditem ou não, sei que cometerei muitos outros. Mas nada me impede de melhorar enquanto pessoa que respeita o espaço do outro (a não ser que o outro invada o meu espaço.. aí eu não perdôo).

Enfim, o que eu estou tentando dizer é que precisamos melhorar o mundo, mas primeiro precisamos melhorar nós mesmos. Não adianta eu exigir que o outro respeite meu espaço se eu não respeito o dele. Não adianta eu gritar aos sete cantos do mundo que eu exijo respeito a minha dor, se eu não respeito a dor do outro. Precisamos parar de agir como se houvesse um rei no umbigo e enxergar que não somos detentores da verdade absoluta, que podemos aprender sempre com todos à nossa volta.
Acredito que quando começarmos a entender e praticar melhor essa dinâmica, finalmente alcançaremos o que chamam de "humanidade".

Beijos da Jam, até a próxima!