Sobre o Setembro Amarelo e a importância do CVV...
O mês de setembro chegou e com
ele veio a Campanha de Prevenção ao Suicídio, o famigerado: “Setembro Amarelo”.
Muitas pessoas participam ativamente dessa campanha, usam suas redes sociais para falar sobre o assunto e alertar as pessoas sobre os problemas (internos e externos) que podem afetar a saúde mental de homens e mulheres do mundo todo. É de conhecimento de grande parte da sociedade que a ansiedade e a depressão são o grande mal do século e que são eles, em sua maioria, que levam inúmeras pessoas a cometerem o ato que, muitos podem considerar covardia, porém eu considero extremamente corajoso.
A grande questão, acredito eu, é que o que falta para muitas dessas pessoas o diálogo com aqueles que os rodeam (amigos e/ou familiares). E, contrário do que muitos pensam, os jovens entre 15 e 30 anos que recorrem ao suicídio, desejam apenas interromper aquilo que lhes consome por dentro, por não ter com quem falar ou pedir ajuda. Muitas das vezes, a saúde mental é colocada de lado em decorrência de outros fatores como trabalho, escola, agradar a família, agradar aos amigos, agradar ao chefe, ao marido ou esposa, ao namorado ou namorada… são inúmeros os fatores e sobrecargas colocadas nas costas dessas pessoas e todas elas contribuem para o desencadeamento de problemas como ansiedade e depressão.
No Brasil, a campanha foi adotada
de forma oficial em 2015, em parceria com o Centro de Valorização da Vida, do
Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria, com o
intuito de levar a população brasileira a valorizar e dar mais atenção às
questões relacionadas a saúde mental.
O Centro de Valorização da Vida
(CVV), tem trabalhado arduamente na tentativa de salvar vidas. Instituição
filantrópica, totalmente sem fins lucrativos, ajuda a garantir o acolhimento
psicossocial a pessoas em crise que estejam pensando ou prestes a cometer um
ato contra a própria vida. A ideia surgiu quando na década de 60, jovens, que já
faziam o trabalho de assistência social, perceberam que existia uma grande
demanda das pessoas que elas visitavam em ser escutadas, acolhidas de alguma
forma e, desta forma, com uma preocupação com relação a falta de apoio emocional surgiu, o que os levaram a fundar em 1962 o CVV. Em 1973, a instituição passou a ser
reconhecida como Utilidade Pública Federal, pelo belo trabalho que exercia em prol da sociedade.
A importância dessa instituição,
assim como a VITAALERE e outras instituições que se preocupam com a saúde
mental, é tão grande que me deixa satisfeita em saber que existe uma
possibilidade de ajuda nesse mundo.
Falo na voz de uma pessoa que
passa pelo transtorno de ansiedade constantemente e crises depressivos com
ímpetos suicida, que o CVV tem um papel fundamental com relação a psique
humana, sobretudo a brasileira. Lembro-me de quando entrei em contato por
telefone, pelo 188, que a atendente (infelizmente não consigo recordar seu
nome) foi tão gentil em me ouvir e falar comigo, mesmo que não fosse para
conversar sobre os meus problemas, mas lembro da sensação de sentir falta disso
no dia a dia. De encontrar pessoas dispostas a me ouvir sem me julgar ou
apontar dedos na minha cara gritando comigo ou dizendo que estava exagerando na
minha dor.
O Centro de Valorização da Vida
tem uma campanha enorme e maravilhosa para ajudar pessoas como eu ou você que
esteja lendo isso nesse momento, além de todo o apoio, afeto e acolhimento
emocional que pode ser feito de forma gratuita por telefone (188), por e-mail ou pelo chat
no próprio site do CVV (www.cvv.org.br). Toda conversa é realizada no total sigilo, no anonimato, com o
único intuito de ajudar e acalmar o coração aflito de quem precisa.
Qualquer pessoa pode se
voluntariar no próprio site da instituição e fazer parte dessa equipe
maravilhosa que ajuda a salvar vidas todos os dias, 24h por dia. Basta ter 18
anos ou mais e realizar um curso gratuito ou pode ajudar com doações também.
Só tenho a agradecer pelo belo
trabalho e esforço em manter as pessoas com as mentes sãs, mesmo que seja de
forma temporária, pois sabemos que alguns problemas não são resolvidos do dia
pra noite.
Meu muito obrigado ao Centro de
Valorização da Vida e aos seus projetos que encorajam pessoas como eu a
enxergar o outro lado da dor e encorajam outras pessoas a escutarem e ajudarem
a lutar contra esse problema que nos dói e machuca tanto.
Contatos do CVV:
Telefone: 188
Site: www.cvv.org.br




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