Sobre ser adulto...



Sim, eu sei que tem muito tempo que não apareço por aqui, mas eu tenho um bom motivo para isso:

 

A VIDA ADULTA NÃO É FÁCIL!

 

Tá, não é impossível viver essa tão complicada vida adulta, mas é mais difícil do que eu poderia imaginar quando criança.

Estou aqui, estudando sobre o Novo Ensino Médio, dentro da área de Linguagens e escutando músicas – é um modo saudável que eu adotei para não surtar – e então começou a tocar a música “Monstros” de Supercombo, e comecei a analisar e cara, eu também queria ser um monstro. Queria aparecer somente quando fosse apropriado, ser imaginário… Eu queria poder desaparecer quando as coisas estivessem dando errado e fazer de conta que nada daquilo estava de fato acontecendo, porque é simplesmente um porre ter que lidar com todas as consequências dos seus atos. É, simplesmente, terrível lidar com escolhas e renúncias, decidir coisas, fazer contas, compras, organizar a casa, manter a casa limpa depois de uma jornada de trabalho, dormir, acordar e fazer tudo de novo.

Ser adulto é exaustivo.

Ser adulto é cansativo.

Ser adulto é pensar, pensar, agir e agir e ainda assim perceber que você depende de inúmeros fatores externos para que tudo dê certo e a única escolha apropriada que pode ser feita é se importar ou não com as consequências do que está por vir.

Ser adulto é ser você criança, mas em tamanho maior e com traumas e conhecimentos acumulados com o tempo.

Ser adulto é aprendizado.

Ser adulto é ver os pratos na pia e respirar aliviado por não ter ninguém te obrigando a lavar, porque você agora mora sozinho; ao mesmo tempo em que é frustrante porque se você não lavar, ninguém mais vai, então tem que ser você.

Ser adulto é optar por fazer comida um dia antes para levar marmita pro trabalho ou simplesmente comer um biscoito com café durante a pausa porque a preguiça falou mais alto no dia anterior.

Ser adulto é dormir cansado e acordar mais cansado do que quando dormiu, mas firme porque precisa fazer por você.

Ser adulto é contar centavo por centavo para pagar as contas e rezar para sobrar uma pontinha para um vinho no fim de semana ou uma coquinha gelada com um acarajé no domingo.

Ser adulto é precisar escolher entre sair com os amigos ou ter mais tempo de sono no conforto do seu lar.

Ser adulto é ir ao médico e entrar em pânico quando percebe que não tem a sua mãe por perto para dizer ao médico o porquê de estar ali.

Ser adulto é entristecer por não ter tempo hábil de fazer exatamente tudo o que quer, mas ser grato e estar aliviado por ter a liberdade de ao menos poder escolher o que vai fazer ou priorizar.

Ser adulto é ter liberdade e adquirir responsabilidades.

Ser adulto é assumir compromissos, mesmo a contragosto, porque sabe que é necessário.

Ser adulto é implorar por um pouco de paz e isolamento ao mesmo passo em que implora por atenção e bagunça.

Ser adulto é implorar pelo colo da mãe e dar glórias e aleluias ao perceber que ela não estar por perto com as cobranças e exigências.

Ser adulto é reconhecer que a solidão é bem-vinda, mas sentir que a companhia é necessária.

Ser adulto é entender que se dar bem com todos é legal, mas a confiança é seletiva.

Ser adulto é se programar e se perder dentro da sua programação.

Ser adulto é entender que a viagem pelo autoconhecimento é sofrido, mas necessário para que possamos realizar todas as coisas anteriores, mesmo sabendo que falharemos em diversos momentos, mas sem sentir o peso do mundo nos ombros (ou fingir melhor que o peso não existe).

Ser adulto, meus queridos, não é fácil, mas também não é tão ruim.

Ser adulto é apenas ser.


Beijos da Jam!
Até a próxima!

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